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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Trombose, doença deve ter atenção no mundo do trabalho

A doença, que entre janeiro e julho deste ano foi responsável por 65.316 internações no País, ocorre pela má-formação de coágulos nas veias da perna, conhecida como trombose venosa profunda, e no coração, chamada de fibrilação atrial.
A trombose pode ter como consequência inchaço, feridas e infecções crônicas no membro afetado. Pode ainda causar a embolia pulmonar, que ocorre quando o coágulo (ou trombo) se desprende das paredes das veias e é levado pela corrente sanguínea até se alojar nos vasos do pulmão. 

Nos últimos dois anos, o número de casos diminuiu no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, foram registradas 113.817 internações causadas por trombose; em 2014, foram 122.096. A redução está associada às ações de prevenção e aos R$ 103,9 milhões investidos pela pasta, no ano passado, para combater a doença. 
Causas
O uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal está entre as principais causas do problema. Por esse motivo, o angiologista Eduardo Darold, do Hospital do Coração do Brasil, explica que é preciso verificar se a mulher tem alguma tendência a desenvolver trombose antes de fazer uso do remédio. 
"O fato é que os contraceptivos orais afetam o sistema circulatório da mulher, aumentando a dilatação dos vasos e a viscosidade do sangue. Como resultado, é possível que se formem coágulos nas veias profundas, localizadas no interior dos músculos. É mais comum que isso ocorra nas pernas, mas é também possível que o problema surja nos pulmões e até no cérebro, onde pode haver um acidente vascular cerebral."
Tabagismo, presença de varizes, idade avançada, pacientes com insuficiência cardíaca, tumores malignos, obesidade, distúrbios de hipercoagulabilidade hereditários ou adquiridos e história prévia de trombose venosa estão entre os fatores de risco.
Grávidas e pessoas com imobilização prolongada (paralisias, infarto agudo do miocárdio, viagens aéreas longas) também são estão mais suscetíveis à trombose. 
Sintomas
A trombose venosa profunda pode ser absolutamente assintomática. Quando presentes, os principais sintomas são: dor, calor, vermelhidão e rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo.
Prevenção
Praticar exercícios físicos regularmente, evitar o consumo de álcool e tabagismo e manter uma dieta equilibrada são as principais maneiras de prevenir a trombose. 

Fonte: 
http://www.brasil.gov.br/saude/2016/09/saiba-como-evitar-a-trombose

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

FALTA DE CONHECIMENTO DOS RISCOS E EPI PROVOCA UM AUMENTO DE 30% DOS ACIDENTES DO TRABALHO NO SETOR DE HIGIENIZAÇÃO

A falta de treinamento e de equipamentos de proteção explica o aumento de 30%, em um ano, do número de acidentes envolvendo trabalhadores da área de limpeza, higienização e imunização de casas e empresas, segundo o delegado do trabalho de São Carlos, Antônio Valério Morillas Júnior. O levantamento dos acidentes foi feito pelo Sistema Único de Saúde.
Nos serviços de limpeza, alguns acessórios são fundamentais, como sapatos antiderrapantes, luvas, óculos e protetor auricular. “As empresas só fornecerem equipamentos e não treinam os seus trabalhadores. Não deixar o empregado consciente do uso e de trabalhar em local seguro, acabam resultando em acidentes graves e às vezes fatais”, explicou Morillas Júnior.
Equipamentos de segurança obrigatórios em São Carlos (Foto: Wilson Aiello / EPTV) 
Alguns acessórios são fundamentais, como luvas,
óculos e protetor auricular.(Foto: Wilson Aiello)
Simeão Júnior dos Santos trabalha há mais de um ano em uma dedetizadora e usa vários equipamentos de segurança para evitar acidentes. Ele é consciente da necessidade, mesmo sendo desconfortável o uso do macacão em períodos quentes. “Eu não abro mão, porque é melhor sofrer agora do que depois”, disse.
O kit de segurança usado pelo dedetizador, conta com botas, um macacão impermeável, luvas e máscaras. A dona da empresa, Vitória Cabral, disponibiliza os equipamentos e o treinamento. “Eles são treinados a cada seis meses, onde aprendem a usar os equipamentos do modo certo”, afirmou.
Caso especifico
De acordo com o Ministério do Trabalho, nos casos das empregadas domésticas, não é responsabilidade do patrão dar treinamento, fornecer equipamentos de segurança ou pagar o tratamento médico.
Diaristas ou mensalistas têm direito ao afastamento remunerado em decorrência de acidente de trabalho. No caso das mensalistas, basta ter o registro na carteira de trabalho e o afastamento remunerado é feito desde o primeiro dia por conta da previdência social.
Falta de treinamento e equipamentos de segurança aumentam casos, em São Carlos (Foto: Wilson Aiello)Falta de treinamento e equipamentos de proteção
explicam aumento de casos (Foto: Wilson Aiello)
Segundo o secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil, Augusto Fauvel, no caso da diarista, ela só recebe o auxílio se tiver contribuído com o INSS como autônoma. Ela vai ter direito ao afastamento pelo auxílio-doença, porque a lei que regulamenta as domésticas restringe essa situação. "A pior diferença é a estabilidade, enquanto no auxilio-acidente o beneficiário tem estabilidade de doze meses depois que retorna ao trabalho. No caso do auxilio- doença, assim que ele voltar à atividade pode ser demitido”, explicou.
Novos direitos
Os novos direitos das empregadas domésticas ainda precisam ser regulamentados pelo Congresso Nacional. O projeto que está na Câmara dos Deputados cria uma contribuição para os patrões, que vai ajudar o pagamento de seguro acidente. O valor previsto é de 0,8%%. A votação ainda não tem data marcada.

fonte: G1 10/02/2014

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Acidentes do trabalho levam trabalhadores à morte no Brasil


Acidentes matam e ferem seriamente trabalhadores pelo Brasil

Dois trabalhadores morreram e um ficou seriamente ferido em mais casos de acidentes pelo Brasil. Os acidentes são motivados pelo cansaço, pela falta de treinamento e ausência do Equipamento de Proteção Individual – EPI, entre outros motivos.

Em Fortaleza, no Ceará, um empregado de 23 anos morreu no fim da tarde de terça-feira, 22 de outubro, no Bairro Granja Portugal, depois de levar um choque elétrico. O operário trabalhava em uma obra e quando estava na laje superior do prédio esbarrou numa barra de ferro com fios de alta tensão e morreu na hora.

Em Teresina, no Piauí, parte de uma máquina de concretagem se chocou contra um operário, ferindo-o na altura da virilha, também na terça-feira, às 16h30, no quarto andar de uma obra localizada na rua Alcides Freitas, no bairro Mafuá, Zona Norte da capital. O empregado estava desacordado, quando foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Segundo informações do hospital, o trabalhador está recebendo todo o atendimento necessário.

Em Distrito de Culturama, no Mato Grosso do Sul, um trabalhador morreu após sofrer queimaduras devido à alta temperatura da massa usada no recapeamento, no fim da manhã de sexta-feira, 18. O trabalhador terceirizado caiu do caminhão em que estava, dentro da máquina que fica acoplada ao veículo, utilizada para soltar a massa asfáltica na pista. Funcionários da própria empresa perceberam e retiraram o trabalhador de dentro da máquina e aguardaram a chegada do Corpo de Bombeiros ao local. O trabalhador foi levado ao Pronto Socorro do Hospital da SIAS de Fátima do Sul ainda com vida, porém não resistiu aos ferimentos.

Em Ibirité, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), um eletricitário morreu depois de receber uma descarga elétrica quando fazia manutenção da rede de média tensão, na segunda-feira, 21 de outubro. De acordo com o Sindieletro, este é o terceiro acidente fatal na Cemig este ano e outros dez muito graves também aconteceram, inclusive com mutilações de membros.

Os acidentes citados vão fazer parte do Anuário Estatístico da Previdência Social de 2013. Esta semana, a Previdência Social divulgou os números relativos a 2012. O setor com maior número de acidentes é o de Comércio e Reparação de Veículos Automotores com 95.659 registros, seguido pelo setor de Saúde e Serviços Sociais, com 66.302 acidentes. O setor com o terceiro maior índice de acidentes é o da construção civil, que apresentou um aumento, passando de 60.415 em 2011, para 62.874 em 2012.

No caso de mortes, o Anuário informa que em 2012 foram registrados 2.731, enquanto em 2011 foram 2.938. Ficaram permanentemente incapacitados 14.755 trabalhadores. Foram 541.286 acidentes com Comunicados de Acidente de Trabalho – CAT emitidos e 163.953 sem emissão de CAT.

As estatísticas continuam demonstrando a necessidade de ampliação do número de Auditores-Fiscais do Trabalho para atuar na prevenção de acidentes, exigindo o cumprimento das Normas Regulamentadoras que tratam de Segurança e Saúde no Trabalho.

O Sinait denuncia que o concurso público em andamento para o cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho com 100 vagas não atende à demanda de um mercado econômico crescente. Sequer repõe o número de vagas ociosas na carreira, que passa de 830 e aumenta a cada dia, em razão das aposentadorias. De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea há a necessidade de contratar mais de 5 mil profissionais da área de fiscalização trabalhista. Hoje são cerca de 2.800 Auditores para fiscalizar mais de 13 milhões de empresas espalhadas pelo Brasil.


Com informações do G1 Ceará, do G1 Piauí e da Crítica (MS).



fonte: SINAIT

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Segurança do Trabalho também faz parte do trabalho



                  A conscientização dos riscos de acidentes e doenças do trabalho é o ponto de partida para se criar uma cultura de segurança e prevenção dentro de uma empresa. 
  Porém um objetivo que parece simples de ser alcançado acaba sendo a maior dificuldade dos setores de Segurança do Trabalho nas empresas. 
Palestras, treinamentos e diálogos diários de segurança não conseguem atingir plenamente seus objetivos. Dá a impressão de que o trabalhador resiste a todas tentativas de implantação de um trabalho mais seguro.

            A conscientização deve existir dos setores de maior hierarquia até os setores de produção, de nada adianta exigir o uso de equipamentos de proteção individuais, equipamentos de proteção coletiva e procedimentos complexos de controle de riscos, se as chefias fecham os olhos para os trabalhadores que não tomam estes cuidados. 
Estas mesmas chefias consideram a Segurança do Trabalho como um empecilho para o cumprimento dos objetivos de produção da empresa e mesmo que não se dêem conta do fato, acabam sabotando a cultura de prevenção que a empresa tenta implantar.

            O que deve ser passado para os trabalhadores de todos os níveis da empresa é que a “Segurança do Trabalho” faz parte do “trabalho”. Para um trabalho ser bem realizado o mesmo deve ser de forma segura. De nada adianta uma produção elevada ao custo de grandes taxas de acidentes, esse tipo de atitude tem um atraso de mais de duzentos anos, pois retorna ao inicio da revolução industrial. 
       Os custos com acidentes do trabalho, passivo ocupacional gerado  e gastos com a contratação e treinamento de novos funcionários não são levados em conta, pois se fossem realmente calculados evitariam prejuízos que para empresas pequenas podem causar a liquidação das mesmas.

            Somente quando a Segurança do trabalho for encarada como parte do trabalho e não como empecilho, será possível atingir os objetivos dos treinamentos definidos pelas Normas Regulamentadoras. Quando o trabalho tiver como requisito também a Segurança do Trabalho será mais fácil a conscientização para os riscos de acidentes e doenças do trabalho.

sábado, 17 de agosto de 2013

Doenças Ocupacionais: MPT do AM pede R$ 250 mi para Samsung


Data: 13/08/2013 / Fonte: MPT 11ª Região 

Manaus/AM - O Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região) ajuizou no dia 9 de agosto, uma Ação Civil Pública (ACP) com pedido de tutela antecipada contra a Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda. 

A empresa, localizada no Polo Industrial de Manaus, é a maior das 25 fábricas da companhia espalhadas pelo mundo e vem continuamente submetendo os empregados a riscos de doença pelo ritmo intenso e pela atividade repetitiva da linha de montagem. A ação é um trabalho conjunto do MPT, assinada pelo Procurador Geral do Trabalho Luiz Antônio Camargo de Melo, pelo Coordenador Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho Philippe Gomes Jardim e outros cinco procuradores. 

Na ACP, o órgão Ministerial pede uma indenização por danos morais coletivos no valor de 250 milhões de reais da companhia sul-coreana, líder mundial do mercado de smartphones, e ainda, que sejam instituídas pausas de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, nas atividades que exijam sobrecarga osteomuscular do pescoço, do tronco, dos membros superiores e inferiores; e que a fábrica adeque o mobiliário e os postos de trabalho para que os empregados possam desempenhar suas funções na posição sentada.

Na manhã da terça-feira, 13, o procurador do Trabalho, Ilan Fonseca de Souza, titular do inquérito civil, reuniu-se com a juíza da 6ª Vara do Trabalho de Manaus, Mônica Silvestre Rodrigues, que irá apreciar a ação, para entregar um DVD com fotos e filmagens colhidas na empresa. Os documentos, de caráter sigiloso,  retratam a situação encontrada no local como, por exemplo, mobiliário e postos de trabalho inadequados; falta de planejamento do posto de trabalho para posição sentada; insuficiência de pausas de recuperação de fadiga; ritmo de trabalho incompatível com a saúde dos trabalhadores e transporte de cargas com pesos que podem comprometer a saúde ou segurança dos trabalhadores. 

A ação civil pública tem como base autos de infração registrados por auditores especializados em ergonomia do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Após três fiscalizações feitas na fábrica de Manaus, uma em maio de 2011, outra em maio deste ano e uma terceira ação fiscal em julho passado, os auditores, juntamente com os procuradores do Trabalho, constataram que os empregados da companhia sul-coreana chegam a realizar três vezes mais movimentos por minuto do que o limite considerado seguro por estudos ergonômicos. Assim como também foram flagrados diversos empregados que trabalham até dez horas em pé, um funcionário cuja jornada extrapolou 15 horas em um dia e um empregado que acumulou 27 dias de serviço sem folga.

Ao longo do ano passado, problemas na coluna, casos de tendinite e bursite, além de outros distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (os chamados DORT), geraram 2.018 afastamentos de até 15 dias por motivos de saúde, de acordo com o texto da ACP. A Samsung emprega ao todo cerca de 6.000 pessoas na fábrica, que abastece toda a América Latina.

Na ação, os procuradores afirmam que a indenização por danos morais coletivos de R$ 250 milhões "pode parecer, num primeiro momento, excessivo, no entanto, bem postas as coisas, equivale ao que a ré lucra, ao redor do mundo, em menos de dois dias". Ainda segundo a ACP, se os R$ 250 milhões fossem divididos pelo número de empregados na fábrica de Manaus, o valor (R$ 44 mil) seria próximo ao dos pedidos individuais de indenização por danos morais, motivados por doenças ocupacionais, que correm na Justiça do Trabalho do Amazonas. A Samsung em Manaus tem mais de 1,2 mil ações trabalhistas individuais ajuizadas por ex-funcionários.

O MPT ressalta que caso o pedido liminar seja concedido e a empresa seja obrigada a oferecer 10 minutos de descanso a cada 50 minutos de trabalho em atividades repetitivas, a jornada de trabalho dos funcionário será reduzida em 1/6, porém esses intervalos deverão ser computados como trabalho efetivo. O Ministério Público do Trabalho acredita, ainda, que a ação já deva ser apreciada  pela justiça Trabalhista de Manaus na próxima semana.


Foto: Reprodução - MPT

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Acidentes de trabalho deixam mais de 27,7 mil mortos e desaparecidos na China

Mais de 27,7 mil pessoas morreram ou desapareceram em acidentes de trabalho durante o primeiro semestre do ano, informaram as autoridades de segurança do trabalho nesta terça-feira.
  O número representa uma queda de 13,9% em comparação com o mesmo período do ano passado, disse Wang Dexue, vice-chefe da Administração Geral da Supervisão de Segurança do Trabalho.
  Ao todo, 226.048 acidentes de trabalho ocorreram durante o mesmo período, queda de 3,8% em comparação com o primeiro semestre de 2012, segundo Wang.
  Wang disse que a segurança do trabalho ainda é um problema sério, pois a negligência de supervisores locais de segurança do trabalho tem levado a acidentes industriais frequentes no país, especialmente no setor de mineração.
  Um incêndio que deixou 119 mortos em junho em uma granja avícola na Província de Jilin, nordeste, alimentou as preocupações com a segurança do trabalho e levou a uma revisão geral da segurança do trabalho no país.
Por Xinhua

sábado, 22 de junho de 2013

Terceirização e acidentes do trabalho estão diretamente relacionados

Terceirizado tem cinco vezes mais chances de morrer no setor petroleiro

Fonte: UOL 17/6/2013
Marcelle Souza
Do UOL, em São Paulo
Os profissionais terceirizados têm 5,5 vezes mais chance de morrer em um acidente de trabalho do que os efetivos no setor do petróleo. Segundo informações da FUP (Federação Única dos Petroleiros), entre 2012 e 2003, foram registrados 110 óbitos de terceiros contra 20 mortes de funcionários da Petrobras.



Óbitos de trabalhadores por acidentes de trabalho no setor petroleiro no Brasil

AnoEfetivosTerceirizados
2012110
2011314
201037
200916
2008414
2007115
200616
2005013
2004314
2003311

Em março deste ano, dois trabalhadores morreram em um intervalo de menos de três dias, segundo a FUP. No dia 15, Mirival Costa da Silva, 35, morreu em um acidente a bordo de uma plataforma na Bacia de Santos. Ele caiu de uma altura de aproximadamente sete metros, quando realizava uma operação.

No dia 18 de maço, Leandro de Oliveira Couto, 34, morreu a bordo de outra plataforma de perfuração, também na Bacia de Santos. Ele caiu de uma altura de 20 metros. Foi o quarto acidente fatal deste ano do setor, todos envolveram trabalhadores terceirizados, segundo a FUP.

Especialistas dizem que a relação entre terceirização e acidentes de trabalho é alta, porque em geral os terceiros não recebem capacitação e EPIs (equipamentos de proteção individual), além de serem submetidos a jornadas mais exaustivas e a remunerações inferiores.  

“O terceirizado é um trabalhador invisível para a sociedade. Ele não recebe o mesmo treinamento, não tem cobrança para o uso de EPI, não ganha o mesmo que um empregado direto recebe exercendo a mesma função”, afirma procurador José de Lima, coordenador nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho do MPT (Ministério Público do Trabalho).

Mas essa não é uma exclusividade dos petroleiros. O Relatório de Estatísticas de Acidentes do Setor Elétrico Brasileiro, produzido pela Fundação COGE, aponta que os terceirizados morrem 5,6 vezes mais do que o efetivos que prestam serviços para distribuidores, geradoras e transmissoras.

Mortes de trabalhadores no setor elétrico brasileiro

AnoEfetivosTerceirizados
20111861
2010772
2009463
20081560
20071259
De acordo com o levantamento, 56 funcionários diretos morreram em acidente de trabalho do setor elétrico entre 2007 e 2011. Do outro lado, foram registrados 315 óbitos envolvendo terceirizados no mesmo período.

“No setor elétrico, os terceirizados circulam onde há elevado risco de morte. Se eu reduzo o número de empregados, fragilizo os instrumentos de segurança. Além disso, cada empresa tem um tipo de treinamento e esses profissionais costumam ser vinculados ao sindicato da construção civil e não ao elétrico, reduzindo salários e a capacidade de mobilização”, afirma o procurador Alberto Bastos Balazeiro, do MPT na Bahia, que criou o projeto Alta Tensão, para combater a precarização das relações de trabalho no setor elétrico.

Risco


Segundo Ministério do Trabalho e Emprego, os registros oficiais de acidentes do trabalho não incluem a caracterização da empresa da vítima como terceirizada ou não. Porém, o órgão destaca que a experiência de fiscalização e a análise de acidentes do trabalho revelam que os acidentes são mais frequentes nas terceirizadas.

Para o ministério, duas podem ser as explicações para esses números: a gestão menos rigorosa dos riscos ocupacionais nas terceirizadas e o fato de que as tarefas por eles exercidas são, em geral, as que envolvem mais riscos ocupacionais. Esse tipo de problema, afirma o MTE, tem sido observado principalmente nas áreas de construção civil, transportes de cargas e no setor elétrico. O ministério não informou o número de terceirizados em todo o país.

Empresas

A Petrobras disse que trabalha preventivamente para que não ocorram acidentes e investe em treinamento intensivo, integridade das instalações e segurança de processo, e que exige o mesmo das empresas fornecedoras. A companhia ainda informou que adota rígidos padrões de segurança, com práticas que permitem ao trabalhador parar em caso de dúvida.

"Acidentes decorrentes das atividades da empresa são investigados e documentados, de modo a evitar sua repetição e assegurar a minimização de seus efeitos. A Petrobras realiza encontros periódicos entre a alta direção da empresa e os sindicatos da categoria para discutir medidas de melhoria contínua nos processos de segurança da Companhia".

Procurada pela reportagem, ABCE (Associação Brasileira de Companhias de Energia Elétrica) disse que não poderia comentar os dados de morte e terceirização no setor elétrico. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) não responderam.

sábado, 1 de junho de 2013

Investimento em segurança do trabalho traz economia às empresas

Manaus - O investimento em segurança do trabalho pode significar uma economia superior a 70% no pagamento da contribuição das empresas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso ocorre pela relação entre a quantidade de acidentes registrados com o percentual recolhido da folha de pagamento das companhias, o que vigora desde 2011.

A afirmação é do especialista em direito trabalhista e previdenciário, Luis Augusto de Bruin, que explicou como o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e o Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP) podem afetar diretamente as finanças das empresas amazonenses.

“O FAP é um multiplicador que informa que, quanto maior a quantidade de acidentes a empresa tiver registrada, maior a contribuição ela precisa fazer à Previdência Social. Isso é uma mudança de metodologia, pois antes a cobrança era igual para todo mundo e gerava uma insatisfação, fazendo com que as empresas não tivessem uma motivação para investir em prevenção de acidentes”, ressaltou.

Já o NTEP é um mecanismo que caracteriza se a doença apresentada pelo trabalhador possui relação com a atividade desenvolvida. Com o nexo, as empresas são classificadas por níveis: quanto menor o nível, menos a empresa paga ao INSS.

Diferenças entre setores

O empresário do setor de equipamentos de segurança do trabalho, João Abílio Marcos, criticou alguns setores da economia local pelo descuido com a segurança dos trabalhadores. Segundo ele, a indústria é uma das que mais investe no segmento, enquanto a construção civil e órgãos públicos ele avalia como as piores.

Na avaliação do executivo, a preocupação com a integridade física e mental do trabalhador precisa ser uma prioridade para as empresas, não só pela importância social, mas também pela economia que pode ser gerada.

“Uma empresa do porte da Moto Honda pode economizar até R$ 10 milhões por ano na folha de pagamento se ela investir propriamente em segurança do trabalho. Isso porque quem investe mais acaba pagando menos”, explicou.

Bruin deu outro exemplo de como o investimento em segurança do trabalho pode ser benéfico para a saúde financeira da empresa. De acordo com o especialista, dependendo do número de acidentes, uma companhia com folha de pagamento de R$ 1 milhão pode desembolsar R$ 16 mil em contribuição social, enquanto outra, do mesmo porte, pode ser obrigada a pagar R$ 60 mil, caso tenha mais sinistros registrados.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

As doenças do trabalho mais comuns no mundo corporativo

As 10 doenças mais comuns no mundo corporativo
Data: 30/10/2012 / Fonte: EXAME.com


São Paulo/SP- Rinite, alergia de pele e dor no pescoço. Um destes problemas de saúde já atrapalhou o seu expediente? De acordo com grande parte dos executivos, sim.

Ao avaliar 15 mil deles, uma pesquisa da operadora de saúde Omint mapeou como anda a saúde desses profissionais e quais foram as dez doenças mais comuns no mundo corporativo no ano passado.

De acordo com o resultado, a rinite é a campeã. Quase 30% dos executivos entrevistados citaram o problema, enquanto 22,41% sofrem de alergia de pele, e 19,36% têm dores no pescoço.

A poluição das grandes cidades é a grande vilã do sistema respiratório, diz Caio Soares, diretor médico da Omint e coordenador do estudo. "Em cidades como São Paulo, as doenças respiratórias, como a rinite, são muito frequentes", diz. Segundo ele, altas temperaturas agravam ainda mais o problema. "Isso porque cresce o número de partículas em suspensão no ar", diz Soares.

As dores no pescoço e ombros estão relacionadas à tensão, diz o coordenador do estudo. "O estresse leva à contração muscular na região do pescoço e ombros", explica Soares. 

Ele também conta que, quando especialistas em ergonomia visitam empresas, o número de correções de postura, posicionamento em relação ao computador, altura da mesa e da cadeira é enorme. "Do presidente à recepcionista, todos têm problemas e muitas correções ergonômicas precisam ser feitas", explica.

O dado mais alarmante da pesquisa também está relacionado ao estresse e vem crescendo bastante entre os executivos: a ansiedade, na 6ª posição da lista. Se, em 2009, 14% dos executivos avaliados apresentavam sintomas da doença, em 2011, esse percentual chega a 18,20%.

O sentimento de ansiedade é comum, diz Soares, mas se começa a prejudicar as tarefas do dia a dia passa a ser classificado como doença. "O limite é quando a ansiedade começa a interferir nas atividades profissionais ou pessoais", diz o médico.

O percentual de executivos atingidos pela ansiedade preocupa, na opinião de Soares. "A ansiedade é a brasa que mantém aceso o fogo de outras doenças", explica Soares.

Se a ansiedade cresce, por outro lado, a hipertensão tem diminuído. Em 2009, eram 10%. Passaram para 9,07%, em 2010, e agora somam 8,15% do total. O tabagismo também está em queda. Os indicadores de diabetes e colesterol alto seguem estáveis. Atingem 2,3% e 2,04% da população avaliada, respectivamente.

Excesso de peso

Os quilos a mais continuam a ocupar lugar de destaque no ranking elaborado pela Omint, afetando quase um quinto dos executivos entrevistados. Os indicadores vêm se mantendo estáveis nos últimos 3 anos, mas isso não é bom, segundo o coordenador do estudo. "Não podia estar pior porque os índices estão estáveis, mas lá em cima", diz Soares.

Segundo a pesquisa, 38,6% dos executivos têm Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 25. Dentro desse universo, 18,99% são homens e 11,53%, mulheres.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode ser considerada obesa uma pessoa que tem IMC acima de 30.

Hábitos não saudáveis

A explicação para o fato de a obesidade ainda assombrar o mundo corporativo está nos hábitos de vida dos executivos.

Isso porque a quase totalidade deles - 95,5% - assume que não tem uma alimentação saudável e quase metade dos executivos é sedentária. Além disso, 31,7% deles estão estressados.

Mas os executivos querem virar o jogo, de acordo com a pesquisa. A inclusão de pelo menos uma atividade física na rotina é objetivo de 37,7% dos executivos entrevistados. A pesquisa também revela que 44% pensam no assunto. Em relação à alimentação, 26,1% disseram que já estão adotando um cardápio mais saudável e 39% estão pensando em fazer isso.

"A intenção é nova e é crescente", diz Soares. Mas, para ele, ainda é cedo para esperar melhora na próxima pesquisa. "O ritmo de vida agitado atual não permite a mudança de hábitos, é difícil", diz.

Ele sugere que os executivos comecem com pequenas mudanças. "Se cortar manteiga da alimentação, já diminui o risco de doença cardiovascular em 50% em 10 anos", explica.

Um hábito não saudável que está em queda é o tabagismo. Realizada há 7 anos, a pesquisa da Omint apontava em 2004 cerca de 18% de fumantes entre os executivos. Em diminuição gradual desde então, hoje os fumantes não passam de 12%. E a tendência é de queda ainda mais acentuada. "Entre as mudanças de hábitos, parar de fumar é uma iniciativa fundamental para quem almeja vida longa saudável", diz Soares.

Confira na tabela abaixo as 10 doenças mais comuns no mundo corporativo e o percentual de executivos afetados por elas:


Doenças 2009 2010 2011
1- Rinite 27,72% 28,31% 28,97%
2- Alergia de pele 22,58% 22,32% 22,41%
3- Dor no pescoço/ ombros 20,50% 19,65% 19,36%
4- Excesso de peso 18,59% 18,49% 18,42%
5- Dor de cabeça frequente 16,81% 16,74% 16,50%
6- Ansiedade 14,77% 16,91% 18,19%
7- Asma ou bronquite 13,35% 13,47% 13,47%
8- Insônia 11,64% 11,07% 10,83%
9- Colesterol alto 11,49% 11,58% 11,53%
10- Dor crônica nas costas 9,85% 9,17% 8,52%





Foto: SXC.HU