As 10 doenças mais comuns no mundo corporativo | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Data: 30/10/2012 / Fonte: EXAME.com
São Paulo/SP-
Rinite, alergia de pele e dor no pescoço. Um destes problemas de saúde
já atrapalhou o seu expediente? De acordo com grande parte dos
executivos, sim.
Ao avaliar 15 mil deles, uma pesquisa da
operadora de saúde Omint mapeou como anda a saúde desses profissionais e
quais foram as dez doenças mais comuns no mundo corporativo no ano
passado.
De acordo com o resultado, a rinite é a campeã. Quase
30% dos executivos entrevistados citaram o problema, enquanto 22,41%
sofrem de alergia de pele, e 19,36% têm dores no pescoço.
A
poluição das grandes cidades é a grande vilã do sistema respiratório,
diz Caio Soares, diretor médico da Omint e coordenador do estudo. "Em
cidades como São Paulo, as doenças respiratórias, como a rinite, são
muito frequentes", diz. Segundo ele, altas temperaturas agravam ainda
mais o problema. "Isso porque cresce o número de partículas em suspensão
no ar", diz Soares.
As dores no pescoço e ombros estão
relacionadas à tensão, diz o coordenador do estudo. "O estresse leva à
contração muscular na região do pescoço e ombros", explica Soares.
Ele
também conta que, quando especialistas em ergonomia visitam empresas, o
número de correções de postura, posicionamento em relação ao
computador, altura da mesa e da cadeira é enorme. "Do presidente à
recepcionista, todos têm problemas e muitas correções ergonômicas
precisam ser feitas", explica.
O dado mais alarmante da pesquisa
também está relacionado ao estresse e vem crescendo bastante entre os
executivos: a ansiedade, na 6ª posição da lista. Se, em 2009, 14% dos
executivos avaliados apresentavam sintomas da doença, em 2011, esse
percentual chega a 18,20%.
O sentimento de ansiedade é comum, diz
Soares, mas se começa a prejudicar as tarefas do dia a dia passa a ser
classificado como doença. "O limite é quando a ansiedade começa a
interferir nas atividades profissionais ou pessoais", diz o médico.
O
percentual de executivos atingidos pela ansiedade preocupa, na opinião
de Soares. "A ansiedade é a brasa que mantém aceso o fogo de outras
doenças", explica Soares.
Se a ansiedade cresce, por outro lado, a
hipertensão tem diminuído. Em 2009, eram 10%. Passaram para 9,07%, em
2010, e agora somam 8,15% do total. O tabagismo também está em queda. Os
indicadores de diabetes e colesterol alto seguem estáveis. Atingem 2,3%
e 2,04% da população avaliada, respectivamente.
Excesso de peso
Os
quilos a mais continuam a ocupar lugar de destaque no ranking elaborado
pela Omint, afetando quase um quinto dos executivos entrevistados. Os
indicadores vêm se mantendo estáveis nos últimos 3 anos, mas isso não é
bom, segundo o coordenador do estudo. "Não podia estar pior porque os
índices estão estáveis, mas lá em cima", diz Soares.
Segundo a
pesquisa, 38,6% dos executivos têm Índice de Massa Corpórea (IMC) acima
de 25. Dentro desse universo, 18,99% são homens e 11,53%, mulheres.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode ser considerada obesa uma pessoa que tem IMC acima de 30.
Hábitos não saudáveis
A explicação para o fato de a obesidade ainda assombrar o mundo corporativo está nos hábitos de vida dos executivos.
Isso
porque a quase totalidade deles - 95,5% - assume que não tem uma
alimentação saudável e quase metade dos executivos é sedentária. Além
disso, 31,7% deles estão estressados.
Mas os executivos querem
virar o jogo, de acordo com a pesquisa. A inclusão de pelo menos uma
atividade física na rotina é objetivo de 37,7% dos executivos
entrevistados. A pesquisa também revela que 44% pensam no assunto. Em
relação à alimentação, 26,1% disseram que já estão adotando um cardápio
mais saudável e 39% estão pensando em fazer isso.
"A intenção é
nova e é crescente", diz Soares. Mas, para ele, ainda é cedo para
esperar melhora na próxima pesquisa. "O ritmo de vida agitado atual não
permite a mudança de hábitos, é difícil", diz.
Ele sugere que os
executivos comecem com pequenas mudanças. "Se cortar manteiga da
alimentação, já diminui o risco de doença cardiovascular em 50% em 10
anos", explica.
Um hábito não saudável que está em queda é o
tabagismo. Realizada há 7 anos, a pesquisa da Omint apontava em 2004
cerca de 18% de fumantes entre os executivos. Em diminuição gradual
desde então, hoje os fumantes não passam de 12%. E a tendência é de
queda ainda mais acentuada. "Entre as mudanças de hábitos, parar de
fumar é uma iniciativa fundamental para quem almeja vida longa
saudável", diz Soares.
Confira na tabela abaixo as 10 doenças mais comuns no mundo corporativo e o percentual de executivos afetados por elas:
Foto: SXC.HU
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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
As doenças do trabalho mais comuns no mundo corporativo
Marcadores:
Doenças do Trabalho,
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