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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Fiscalização do Ministério do Trabalho em 2013: 275.000 empresas fiscalizadas



Foto: Beto Soares/Estúdio Boom
Data: 05/02/2014 / Fonte: Sinait
Brasília/DF - A Secretaria de Inspeção do Trabalho - SIT divulgou, no site do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, os resultados da Fiscalização do Trabalho de 2013. No ano passado, os Auditores-Fiscais registraram, sob ação fiscal, 38.852.952 trabalhadores em todo o Brasil. A maioria dos resultados ultrapassaram as metas estabelecidas.Nas operações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, 1.658 trabalhadores foram resgatados de condições análogas as de escravos. Em 2012, os Auditores-Fiscais retiram 2.354 pessoas dessa situação.

No levantamento, consta um total 2.719 Auditores-Fiscais do Trabalho em atividade. E mesmo com o número defasado, 275.139 empresas foram fiscalizadas, dentre elas, 66.231 autuadas e lavrados 155.941 autos de infração. Isso significa que, em média, cada Auditor-Fiscal atuou em mais de 100 empresas em 2013.

Na área rural, 22.541 trabalhadores foram registrados e 160.256 aprendizes e 40.897 pessoas com deficiência, inseridos no mercado de trabalho formal. No combate ao trabalho infantil, 7.432 crianças e adolescentes foram retirados de atividades laborais. O valor total de arrecadação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS foi de R$ 332.293,17. No ano passado, R$ 309.012,41 foram recolhidos.

SSTNa área de Saúde e Segurança, a Fiscalização do Trabalho analisou 2.489 acidentes, realizou 143.263 ações fiscais, 5.680 embargos e interdições, 112.977 autuações e 135.546 notificações. A maioria das operações foi realizada no setor de serviços: 40.644, seguido pela Construção (31.784) e agricultura (11.056). Foram alcançados 22.100.810 trabalhadores. Em 2012, 1.902 acidentes foram analisados e com alcance de 18.810.932 trabalhadores.

MetasO número de ações da Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo não alcançou as metas estabelecidas. No ano passado, foram realizadas 162 operações e a meta era de 225.

O mesmo aconteceu no número de acidentes de trabalho analisados: a meta era 2.600 e o resultado de 2013 foi 2.489.

Na opinião da presidente do Sinait, Rosa Jorge, os Auditores-Fiscais do Trabalho podem ser comparados a "heróis, pois com esse número tão reduzido em todo o país, têm procurado de todas as formas, cumprir as metas quantitativas". Ela ressalta que as ações e resultados vão além dos números frios que aparecem nas estatísticas do Sistema de Fiscalização do Trabalho - SFIT, pois as atividades resgatam a cidadania de milhares de trabalhadores. Contribuem para isso o combate ao trabalho infantil, ao trabalho escravo e à discriminação no trabalho; a inclusão de pessoas com deficiência, a prevenção aos acidentes de trabalho, entre outras. "São essas ações que dão alento, esperança e crédito à Inspeção do Trabalho como promotora das mudanças sociais", diz ela.

As ações da Auditoria-Fiscal do Trabalho servem, também, de sustentação necessária para que outros agentes públicos concretizem suas atividades. Esse é o caso dos procuradores do Trabalho e Federais, e dos Advogados da União, que precisam dos autos e relatórios dos Auditores-Fiscais do Trabalho para promoverem suas ações. Outros agentes, meramente arrecadadores, também se beneficiam da atividade de fiscalização, geradora de base para incidência de diversos tributos pagos aos cofres públicos.

"É responsabilidade do Poder Público dotar a Inspeção do Trabalho de número suficiente de Auditores-Fiscais para dar conta da demanda que a sociedade reclama. O aumento do número de Auditores-Fiscais do Trabalho é urgente e imperioso", conclui a presidente Rosa Jorge.

fonte:Site Proteção

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Acidentes do trabalho levam trabalhadores à morte no Brasil


Acidentes matam e ferem seriamente trabalhadores pelo Brasil

Dois trabalhadores morreram e um ficou seriamente ferido em mais casos de acidentes pelo Brasil. Os acidentes são motivados pelo cansaço, pela falta de treinamento e ausência do Equipamento de Proteção Individual – EPI, entre outros motivos.

Em Fortaleza, no Ceará, um empregado de 23 anos morreu no fim da tarde de terça-feira, 22 de outubro, no Bairro Granja Portugal, depois de levar um choque elétrico. O operário trabalhava em uma obra e quando estava na laje superior do prédio esbarrou numa barra de ferro com fios de alta tensão e morreu na hora.

Em Teresina, no Piauí, parte de uma máquina de concretagem se chocou contra um operário, ferindo-o na altura da virilha, também na terça-feira, às 16h30, no quarto andar de uma obra localizada na rua Alcides Freitas, no bairro Mafuá, Zona Norte da capital. O empregado estava desacordado, quando foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Segundo informações do hospital, o trabalhador está recebendo todo o atendimento necessário.

Em Distrito de Culturama, no Mato Grosso do Sul, um trabalhador morreu após sofrer queimaduras devido à alta temperatura da massa usada no recapeamento, no fim da manhã de sexta-feira, 18. O trabalhador terceirizado caiu do caminhão em que estava, dentro da máquina que fica acoplada ao veículo, utilizada para soltar a massa asfáltica na pista. Funcionários da própria empresa perceberam e retiraram o trabalhador de dentro da máquina e aguardaram a chegada do Corpo de Bombeiros ao local. O trabalhador foi levado ao Pronto Socorro do Hospital da SIAS de Fátima do Sul ainda com vida, porém não resistiu aos ferimentos.

Em Ibirité, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), um eletricitário morreu depois de receber uma descarga elétrica quando fazia manutenção da rede de média tensão, na segunda-feira, 21 de outubro. De acordo com o Sindieletro, este é o terceiro acidente fatal na Cemig este ano e outros dez muito graves também aconteceram, inclusive com mutilações de membros.

Os acidentes citados vão fazer parte do Anuário Estatístico da Previdência Social de 2013. Esta semana, a Previdência Social divulgou os números relativos a 2012. O setor com maior número de acidentes é o de Comércio e Reparação de Veículos Automotores com 95.659 registros, seguido pelo setor de Saúde e Serviços Sociais, com 66.302 acidentes. O setor com o terceiro maior índice de acidentes é o da construção civil, que apresentou um aumento, passando de 60.415 em 2011, para 62.874 em 2012.

No caso de mortes, o Anuário informa que em 2012 foram registrados 2.731, enquanto em 2011 foram 2.938. Ficaram permanentemente incapacitados 14.755 trabalhadores. Foram 541.286 acidentes com Comunicados de Acidente de Trabalho – CAT emitidos e 163.953 sem emissão de CAT.

As estatísticas continuam demonstrando a necessidade de ampliação do número de Auditores-Fiscais do Trabalho para atuar na prevenção de acidentes, exigindo o cumprimento das Normas Regulamentadoras que tratam de Segurança e Saúde no Trabalho.

O Sinait denuncia que o concurso público em andamento para o cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho com 100 vagas não atende à demanda de um mercado econômico crescente. Sequer repõe o número de vagas ociosas na carreira, que passa de 830 e aumenta a cada dia, em razão das aposentadorias. De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea há a necessidade de contratar mais de 5 mil profissionais da área de fiscalização trabalhista. Hoje são cerca de 2.800 Auditores para fiscalizar mais de 13 milhões de empresas espalhadas pelo Brasil.


Com informações do G1 Ceará, do G1 Piauí e da Crítica (MS).



fonte: SINAIT