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domingo, 2 de março de 2014

A LER é uma doença crônica e invisível, alerta Fundacentro

A LER é uma doença crônica e invisível, alerta Fundacentro

Ilustração Fundacentro Data: 28/02/2014 / Fonte: Fundacentro

São Paulo/SP - No Dia Internacional de Prevenção às Lesões por Esforços Repetitivos, pesquisas realizadas por especialistas da Fundacentro nas diversas áreas do conhecimento, mostram que a LER/DORT é uma doença crônica, invisível, muitas vezes irreversível, e que carece de esforço conjunto de instituições em mudar esse cenário perverso de ocultação da doença.

Pesquisadores alertam que medidas organizacionais que respeitem as capacidades psicofisiológicas dos trabalhadores são URGENTES nos pontos de produção de bens e serviços nos diversos setores econômicos da indústria, comércio, e agricultura.

As LER/DORT decorrem da intensificação do trabalho e representam um desgaste do sistema musculoesquelético de trabalhadores, cujas atividades de trabalho exigem a execução de movimentos repetitivos, associados muitas vezes a esforços físicos e manutenção de determinada postura por tempo prolongado.

Costumam evoluir de forma lenta para quadros crônicos e assim nem sempre são percebidas precocemente pelos trabalhadores, que retardam a procura por auxílio com receio de repercussões negativas na empresa, agravados por situações de discriminação e assédio moral, o que lhes causa sofrimento e transtornos mentais, com grande impacto em suas vidas e de suas famílias.

Na década de 80 surgiam os primeiros casos de tenossinovite entre digitadores. A Fundacentro dava as suas primeiras contribuições junto aos sindicatos de trabalhadores para estabelecer a correlação entre a atividade e a doença musculoesqueletica encontrada. Foi nesse período que a introdução de novas tecnologias se deu no campo da digitação, exigindo maior velocidade na digitação e a eliminação de pausas. A partir desses estudos o MTE iniciou o processo de formulação e implementação da atual NR 17.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou, em 2009, que as perturbações musculoesqueléticas eram responsáveis por mais de 10 % de todos os anos perdidos por invalidez. No Brasil, há mais de uma década, os distúrbios musculoesqueléticos figuram em primeiro lugar dentre as doenças relacionadas ao trabalho registradas pela Previdência Social.

Dos benefícios acidentários concedidos pelo INSS, de 2006 para 2007 houve um salto de 19.956 para 95.473, fato desvelado pela implementação do critério epidemiológico no reconhecimento de acidentes e doenças ocupacionais e que comprovou haver subnotificação, ainda presente na atualidade.

O desafio para estimular a produtividade dos trabalhadores, oferecendo oportunidades de pausas para descanso e eliminando o uso de estratégias gerenciais de pressão pela aceleração do trabalho é fundamental para a sustentabilidade do crescimento econômico do país, promovendo a prevenção de novos casos de transtornos musculoesqueléticos e garantindo a existência de postos de trabalho para a reabilitação dos trabalhadores já acometidos por esses transtornos.

É preciso um esforço interinstitucional do estado e das empresas para eliminar a intensificação do trabalho que tem se mostrado extremamente nociva para a saúde e segurança dos trabalhadores brasileiros.

Embora insuficiente, algumas políticas publicas devem ser destacadas: os Anexo I e II da NR 17 e a NR 36, que abordam respectivamente os trabalhos de caixas de supermercados, as operações de teleatendimento e o processamento das carnes em frigoríficos. A Instrução Normativa do INSS nº 98/2003 foi elaborada no intuito de estimular e subsidiar a perícia médica do INSS a reconhecer as LER/DORT e a incapacidade delas decorrente.

O protocolo de Dor Relacionada ao Trabalho: LER/DORT do Ministério da Saúde, de 2012, também teve o objetivo de dar subsídios aos profissionais de saúde a reconhecerem precocemente esses quadros clínicos e a notificarem ao Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). Para auxiliar na divulgação desse Protocolo do Ministério da Saúde, a Fundacentro produziu video lançado em 2013.

Além disso, foram evidenciadas nas pesquisas institucionais que os trabalhadores, mesmo com dores, continuam a exercer sua função e ocultam a doença como forma de negar que algo esteja errado. Em outras situações, o uso de antiinflamatórios prescritos servem como paliativo e mascaram o problema, pois muitas empresas punem o trabalhador por uma doença não reconhecida e se instala, em muitas vezes, o assédio em cima do adoecido. Em depoimento extraído de pesquisa institucional verifica-se o medo do desemprego e a constante luta dos trabalhadores para exercer a atividade a despeito de suas dores e sofrimento.

"Choro de tristeza quando tenho que trocar os idosos sozinha, por causa do peso. Já estou com começo de depressão de tanto trabalhar sozinha, eu sei que tem vez que eu estou trabalhando, tô chorando, só pedindo a Deus, prá Deus me da (r) saúde".

A resistência patronal pelo não reconhecimento dessas doenças leva consequentemente a não implementação de ações prevencionistas. É necessário que a organização das atividades de trabalho leve em conta a saúde do trabalhador, sem estabelecer metas abusivas e fornecendo pausas para descanso.

Documento elaborado por profissionais da área de saúde dos trabalhadores, com contribuições de pesquisadores da Fundacentro, propõe uma reflexão sobre o papel dos métodos de gestão e a violação dos direitos dos trabalhadores.

Nesse dia 28 de fevereiro de 2014, temos a convicção de que muito há que se fazer para que haja o necessário equilíbrio entre as exigências do trabalho e as capacidades psicofisiológicas do ser humano.

domingo, 27 de outubro de 2013

Fundacentro desenvolve ferramenta on-line para estimar sobrecarga térmica no campo em IBUTG

A exposição a ambientes quentes combinada com a alta produção interna de calor devido a execução de tarefas que exigem esforço físico leva o corpo à necessidade de uma rápida perda de calor do corpo a fim de preservar o seu equilíbrio térmico.

A céu aberto, a maioria dos trabalhadores precisa utilizar vestimentas, que cobrem quase todo o corpo, o que dificulta a perda de calor. A combinação dessas condições pode levar os trabalhadores à sobrecarga térmica e provocar, câimbras, fadiga severa e repentina, náuseas, vertigens, perda da consciência e, eventualmente, à morte.

De 2009 a 2011 a unidade da FUNDACENTRO em Campinas desenvolveu tecnologia e produziu um software para monitorar em todo o país a exposição ao calor dos trabalhadores rurais utilizando dados provenientes das estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. Em 2012 disponibilizá, via internet, este software que terá abrangência, primeiramente, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso do Sul.
fonte: www.fundacentro.gov.br 

sábado, 12 de outubro de 2013

Conscientização de Segurança do Trabalho deve começar na escola

Cartilha leva segurança e saúde às escolas

Cartilha leva segurança e saúde às escolas

Fundacentro é primeira instituição a apresentar subsídios para a implementação de lei federal

Por ACS/C.R. em 09/10/2013
Em 10 de outubro, celebra-se o Dia Nacional da Segurança e Saúde nas Escolas. A data foi instituída pela Lei Federal nº 12.645, de 16 de maio de 2012. Diante disso, a Fundacentro produziu uma cartilha informativa para estabelecer um diálogo inicial com as escolas, disponível para download, um subsite e um cartaz.
A cartilha, com atividades voltadas para alunos e professores, traz uma reflexão sobre a segurança e saúde dos trabalhadores e sua relação com a escola. “Conforme consta em levantamento apresentado no interior da cartilha, os dados da Previdência são assustadores no que toca ao alto índice de acidentes de trabalho envolvendo jovens”, explica o tecnologista da Fundacentro, Jefferson Peixoto, que tem mestrado em educação.
Segundo dados da Previdência Social, o número de acidentes de trabalho registrados no Brasil aumentou de 709.474 casos em 2010 para 711.164 em 2011. Também foram registrados 2.884 óbitos nesse ano. Houve ainda um aumento da acidentalidade envolvendo jovens de até 19 anos, de 22.971 para 23.850 no mesmo período. São 66 acidentes de trabalho por dia nessa faixa etária.
Muitas vezes a solução se limita a elaboração de normas regulamentadoras, que quando descumpridas geram multas às empresas. “Essa realidade precisa ser mudada e ela não pode passar só pelo caminho da punição, precisa também passar pelo caminho da educação”, completa o tecnologista.
“Se nossos alunos, futuros trabalhadores passarem pela escola e só descobrirem que podem reivindicar um ambiente de trabalho decente e ajustado às normas quando ingressarem no mercado de trabalho, eles talvez não tenham tempo para fazê-lo, pois, de acordo com as estatísticas oficiais, muitos são ceifados por acidentes antes”, avalia Peixoto.
Para o tecnologista, a escola é o espaço para formar os alunos para o exercício da cidadania. “Acredito que não haverá cidadania plena se os futuros trabalhadores não forem preparados desde cedo para reconhecer o trabalho como fonte de vida e não de sofrimento e a organização do trabalho como passível de intervenções, caso ela não ofereça condições mínimas de saúde e segurança. Cidadania também é isso, é saber reivindicar, mas como reivindicar aquilo que não se conhece?”, conclui.
Difusão
A ação da Fundacentro pretende, assim, difundir esse conhecimento. A cartilha apresenta as atividades sugeridas pela legislação para os professores trabalharem a temática segurança e saúde nas escolas, como palestras; concursos de frase ou redação; eleição de cipeiro escolar e visitas às empresas. Também traz outras sugestões voltadas para os anos iniciais e finais do ensino fundamental e para o ensino médio. As crianças ainda contam com o jogo Trilha da Saúde e Segurança, elaborado pelo tecnologista Alexandre Custódio Pinto, e um glossário sobre acidente, doença, perigo, risco e prevenção.
O objetivo é que o material chegue às escolas de ensino fundamental e médio do país. “Para tanto é fundamental que o MEC e as secretarias de educação dos diversos estados e municípios do país apóiem a proposta, incentivem a distribuição pelo país, ou seja, estamos chamando o apoio desses órgãos. O número de alunos matriculados em escolas de ensino fundamental e médio do país é astronômico e somente com apoio será possível garantir a universalização da distribuição”, acredita Jefferson Peixoto.
Por enquanto, a Coordenação de Educação da Fundacentro está em contato com a Secretaria Municipal de Educação em São Paulo. Outra ideia é tentar contato direto com algumas escolas, para a realização de estudos e pesquisas de diagnóstico sobre a utilização do material por parte dos professores.
Criação
A cartilha é fruto do trabalho do Programa de Educação da Fundacentro (Proeduc), desenvolvido em conjunto por uma equipe de São Paulo e da regional do Espírito Santo. A lei foi o elemento desencadeador do processo e veio ao encontro de discussões que já ocorriam na área de Segurança e Saúde no Trabalho - SST.
“Ela convergiu com um interesse já presente entre nós na qualidade de educadores, que é o interesse de aproximar a SST das escolas, até mesmo porque uma das prerrogativas colocadas à Fundacentro pelo Plansat – Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho é a inclusão da SST na educação básica. Há anos essa questão vem sendo debatida e atualmente está no foro da CTSST – Comissão Tripartite de Segurança e Saúde no Trabalho, o que reforça o envolvimento da Fundacentro com a temática”, finaliza Peixoto.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Riscos Ambientais dos catadores é avaliado em pesquisa

Covisa, Fundacentro e CRSTs estudaram centrais de triagem conveniadas ao município de São Paulo 
Por ACS/ C.R. em 18/07/2013 

A Coordenação de Vigilância e Saúde - Covisa, da cidade de São Paulo, a Fundacentro e os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador – CRST da Sé, Freguesia do Ó e Mooca finalizaram um estudo sobre a saúde e segurança dos catadores de materiais recicláveis.
Para tanto, foram realizadas visitas técnicas em 20 centrais de triagem de resíduos sólidos conveniadas ao município de São Paulo, que possuem 942 trabalhadores, segundo dados de janeiro de 2013. Eles são responsáveis pela triagem de 2.289 toneladas de materiais recicláveis por mês.
A Fundacentro passou a fazer parte do estudo a convite da Covisa, em princípio, para discutir o processo de beneficiamento do poliestireno expandido (isopor) em máquinas instaladas nas centrais de triagem. Esse procedimento gera riscos aos trabalhadores porque a moagem libera poeira e provoca ruídos. Por isso, há necessidade de medidas de proteção coletiva, como por exemplo, a implantação de um sistema de exaustão.
As pesquisadoras da Fundacentro, Gricia Grossi e Elizabeti Muto, passaram a integrar o Grupo de Trabalho, participando de seis visitas técnicas. O trabalho conjunto gerou um parecer técnico, apresentado neste mês, sobre os problemas relacionados à saúde e segurança do trabalhador e os critérios mínimos necessários para a implantação de centros de triagem. O material será encaminhado ao Comitê Interministerial de Inclusão Social de Catadores de Materiais Recicláveis.
Também estão previstas reuniões com as subgerências da Covisa, a Autoridade Municipal de Limpeza Urbana – Amlurb, secretarias municipais e movimento dos catadores para desencadear ações de melhorias. A equipe pretende produzir materiais educativos sobre SST e realizar oficinas.
O estudo foi apresentado à Covisa no dia 5 de julho, no auditório da instituição em São Paulo. Na ocasião, o coordenador do Programa de Coleta Seletiva da Amlurb, Paulo de Souza, estava presente. “Essa oficina foi para apresentar o trabalho e juntos buscarmos uma solução, que passa por várias vertentes. É um processo conjunto para construir mudanças”, avalia Gricia Grossi, da Fundacentro.
“Percebemos o quanto é complexa a questão dos catadores. A aproximação com a Fundacentro foi para conhecer melhor os processos de trabalho. É uma ação conjunta para melhorar as condições de trabalho dessa população”, completa a coordenadora do Grupo de Trabalho, Lucimara de Campos, da Covisa.

Riscos
Durante o estudo, os pesquisadores avaliaram as condições de trabalho e identificaram os riscos. Os galpões possuem iluminação deficitária e acúmulo de materiais. Não há sistemas de ventilação, a qual entra apenas por janelas e portas. Também há acúmulo de materiais que causam dificuldades até mesmo para os trabalhadores caminharem e pode ocasionar quedas. Foi encontrado até um caso de fossa transbordando, em local que não havia esgoto.
“Tudo isso leva a risco de contaminação dos trabalhadores. As condições de segurança e saúde das centrais de triagem são precárias. Há muito que melhorar”, explica Lucimara de Campos.
Os agentes químicos encontrados no ambiente podem causar doenças respiratórias e dermatoses por contato. Os agentes biológicos também estão presentes, devido a materiais hospitalares, insetos e roedores.
O trabalho em pé e sem pausa, com movimentos repetitivos, pode levar a doenças osteomusculares e circulatórias. Os trabalhadores levantam manualmente cargas pesadas. Já as prensas enfardadeiras das Centrais não possuem proteção, o que traz risco de amputações.
O risco de acidente ainda ocorre na quebra de vidro, feita manualmente com barra de ferro em várias centrais. Em uma delas, existe triturador, mas sem sistema de exaustão, gerando o lançamento de pó de vidro. Outro problema é o recebimento de lâmpadas fluorescentes, apesar de haver regulamentação para que esse tipo de material tenha destinação específica.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Download: Plano Nacional de Segurança do Trabalho

Ainda é de conhecimento de poucos mas o Brasil desde abril de 2012 possui um Plano Nacional de Segurança do Trabalho, nele estão as diretrizes que o governo traçou para que tenhamos uma diminuição de acidentes nos próximos anos. Abaixo posto o link para que todos os nossos leitores tenham acesso a este documento.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Cordel sobre a Construção Civil: A Peleja do Servente de Pedreiro que Apareceu no Canteiro em Forma de Assombração

Cordel sobre construção está disponível no site da Fundacentro 

A Peleja do Servente de Pedreiro que Apareceu no Canteiro em Forma de Assombração 
Por Pres em 06/05/2013 

A publicação “A Peleja do Servente de Pedreiro que Apareceu no Canteiro em Forma de Assombração”, de Graco Medeiros, encontra-se disponível para download no portal da Fundacentro.
Esta publicação conta a história de Pedro José Valente, um servente de pedreiro que perde a vida em um canteiro de obra em João Pessoa. Para narrar a história, o autor Graco Medeiros utiliza a literatura de cordel para falar sobre os riscos e as condições de trabalho, além de relatar a saga de muitos trabalhadores que se acidentam. O passo lento das mudanças também é apontado no texto, assim como as questões das áreas de vivência, a falta de proteção coletiva e individual.
Para acessar o material, clique no menu  Publicações; sub item publicações, página 01ou  diretamente no link: http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CTN/indexPublicacao.asp?D=CTN&Pagina=Publicacoes&?D=CTN&C=2177&menuAberto=196
Devido a problema no navegador Windows Explorer, a publicação poderá ser vista somente no provedor Mozilla Firefox ou Google Chrome.
É possível ainda assistir ao vídeo com a apresentação do cordel no YouTube da Fundacentro, no link 


domingo, 14 de abril de 2013

RBSO - Revista brasileira de saúde ocupacional completa 40 anos

RBSO comemora 40 anos 

LINK:REVISTA BRASILEIRA DE SAUDE OCUPACIONAL

Por Pres em 11/04/2013 


A Revista Brasileira de Saúde Ocupacional – RBSO completa 40 anos neste mês de abril. A primeira edição, referente aos meses de janeiro, fevereiro e março de 1973, foi lançada no dia 10 de abril daquele ano, numa cerimônia no Departamento Técnico da Fundacentro, situado então no bairro de Perdizes, em S. Paulo.


Após reorientação da revista em 2003, a versão atual do periódico científico é fruto de uma reestruturação implementada em 2006, que reuniu os pesquisadores José Marçal Jackson Filho, Eduardo Garcia Garcia, Mina Kato e Eduardo Algranti, entre outros. “Havia na época grande necessidade, expressa por vários colegas do meio acadêmico, de uma revista de reconhecimento científico que publicasse, especificamente, pesquisas no campo da saúde do trabalhador. Isso motivou nosso esforço em mobilizar colegas em prol de um projeto de reestruturação”, relembra o editor científico, José Marçal Jackson Filho.

O corpo editorial foi redefinido. Abriu-se também a uma extensa rede de pesquisadores de diversas instituições a possibilidade de colaborar na avaliação dos artigos submetidos. A secretaria executiva, que conta com a participação de outras áreas da Fundacentro, foi estruturada para garantir o apoio administrativo necessário ao funcionamento do periódico, centralizar o acompanhamento do fluxo editorial de avaliação e publicação de artigos. Essas ações asseguram a periodicidade e pontualidade do periódico, hoje com duas edições anuais.

Reconhecimento

Uma das conquistas da nova fase foi indexar a revista em várias bases bibliográficas especializadas em artigos científicos, como a SciElO – Scientific Eletronic Library Online e a LILACS – Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde. 

“Para fazer parte dessas e de outras bases, a RBSO teve de atender critérios de qualidade referentes aos artigos e ao corpo editorial, periodicidade, número de artigos originais, entre outros. São essas bases que dão credibilidade e visibilidade para os periódicos”, avalia o editor executivo da RBSO, Eduardo Garcia Garcia. A seu ver, a presença nessas bases possibilita o recebimento de mais artigos e de melhor qualidade.

Esse impulso também vem sendo dado pela avaliação Qualis, criada pela Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A RBSO está classificada em 19 áreas diferentes.

“Estar classificado num grande número de áreas é incomum e impressiona. O motivo principal é o escopo e o perfil da revista. A Qualis atrai bons pesquisadores e bons artigos porque é uma exigência da Capes”, explica o editor científico da RBSO, Eduardo Algranti.

Os 40 anos da revista serão comemorados nos lançamentos das edições deste ano. No primeiro semestre haverá um debate com os autores da edição nº 126, volume 37, que traz um dossiê temático sobre assédio moral no trabalho. Está previsto outro evento para o lançamento da edição do segundo semestre.

“A RBSO se consolidou nos últimos anos e recebeu sinais de reconhecimento de sua qualidade”, afirma Algranti. “O trabalho na revista tem sido fonte de aprendizagem muito grande para a equipe de editores.” O médico, pesquisador da Fundacentro, acredita que a publicação contribui para o fortalecimento da metodologia científica na área de Segurança e Saúde no Trabalho.

“Também propicia uma oportunidade de troca de experiências com pesquisadores de outras instituições”, complementa Garcia. “É uma publicação importante por ser um lócus da produção científica na área. Melhor indexada, ela se mantém como fonte de disseminação de informações, consolida-se como referencial técnico-científico e fortalece o papel institucional da Fundacentro como instituição de pesquisa.”

“A revista hoje é importante porque se fundamenta em um paradigma mais abrangente do campo, com visão interdisciplinar, e por levar em conta também os aspectos sociológicos e políticos, não apenas os técnicos”, conclui Marçal Jackson Filho.

sexta-feira, 22 de março de 2013

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

Publicação investiga o assédio moral no trabalho 

 
 
Data: 20/03/2013 / Fonte: Fundacentro


A Fundacentro lançou neste mês uma publicação sobre assédio moral, que reúne os anais do Seminário "Compreendendo o assédio moral no ambiente de trabalho". Os textos foram baseados nas conferências proferidas durante o evento, realizado em 2010, após revisão dos autores. Os autores são especialistas renomados no assunto: Edith Seligmann Silva, Margarida Barreto e Roberto Heloani. Para acessar a obra, clique aqui.

"Começamos a estudar o assédio moral relacionado a trabalhadores adoentados no retorno ao trabalho entre 2008 e 2009, a partir de uma demanda pericial. Depois percebemos que se tratava de um fenômeno mais amplo. Então fomos atrás de grandes especialistas para ajudar nesse entendimento. Realizamos uma discussão ampla, que trouxe a experiência de cada um", explica a pesquisadora da Fundacentro, Cristiane Queiroz.

Essas experiências de especialistas, que são referências no tema, estão presentes na publicação. A médica psiquiatra Edith Seligmann Silva, professora aposentada da Faculdade de Medicina da USP, por exemplo, é pioneira dos estudos sobre saúde mental e trabalho no Brasil. Já Ângelo Soares, sociólogo, pós-Doutor e docente em Sociologia na Universidade de Quebec a Montreal (UQAM), presidiu o 6º Congresso Mundial sobre Assédio Moral. Ele traz uma discussão não muito usual no Brasil sobre o sofrimento das testemunhas.

A obra ainda conta com dois autores que realizam diversas pesquisas sobre assédio moral. Margarida Barreto, médica, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e pesquisadora do Núcleo de Estudos Psicossociais da Dialética Exclusão/Inclusão Social (NEXIN/PUC/SP); e Roberto Heloani, psicólogo e advogado, professor livre-docente da Faculdade de Educação da Unicamp.

O entendimento jurídico sobre o tema também é apresentado na publicação. A questão foi discutida pela juíza do Trabalho substituta, Candy Florêncio Thomé, mestre em Direito do Trabalho pela USP e doutoranda pela USP e pela Universidade de Castilla - La Mancha, Espanha.

Os textos mostram que nem todo conflito pode ser caracterizado como assédio moral. É preciso haver a repetição de determinadas situações de humilhação. "É uma forma extrema de violência com a finalidade de diminuir o outro, humilhar, fazer com que a pessoa desista ou então com que supere o máximo que pode dar", explica Cristiane Queiroz, uma das organizadoras da obra.

A pesquisadora também destaca que é importante refletir sobre as práticas de gestão no trabalho. A Fundacentro pesquisa essas questões por meio do projeto "As formas de gestão e organização do trabalho e suas relações com as violências e o assédio moral no trabalho". Este ano as pesquisadoras estão colhendo dados por meio de entrevistas.

"Temos que lembrar também os lados invisíveis do assédio moral. Não envolve apenas a questão de cobrança de metas. Precisamos entender os fatores psicossociais e as várias formas de assédio que ainda não foram reveladas", conclui Cristiane Queiroz.

Foto: Amir Darafsheh
Fonte:  http://www.protecao.com.br

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Vibração - Fundacentro lança novas Normas de Higiene Ocupacional

Fundacentro publica normas sobre vibração 

Motoristas e operadores de empilhadeiras, de equipamentos de mineração e florestal, e os que trabalham com ferramentas manuais vibratórias são os mais afetados 
Por Pres em 01/02/2013 

A Fundacentro publicou duas normas de higiene ocupacional, em janeiro de 2013. A NHO 09 apresenta procedimento técnico para a avaliação da exposição ocupacional a vibrações de corpo inteiro. Já a NHO 10 estabelece critérios para avaliar a exposição ocupacional a vibrações em mãos e braços. Ambas têm como foco a prevenção e o controle dos riscos, trazendo uma abordagem preliminar do risco de caráter qualitativo e a medição quantitativa, quando necessária.
As vibrações de corpo inteiro são geradas por máquinas, veículos e equipamentos. Motoristas de ônibus e caminhões, operadores de empilhadeiras presentes em diversos setores, operadores de equipamentos da área florestal e da mineração estão entre os expostos.
A NHO 09 estabelece o valor de nível de ação, que mostra quando medidas preventivas devem ser tomadas. É preciso monitorar periodicamente a exposição, informar e orientar os trabalhadores, além de implementar controle médico com foco no agente. Adotar velocidades adequadas no uso de veículos; evitar - quando possível -  superfícies irregulares; e ajustar o assento do veículo em relação ao posicionamento e ao peso do usuário são outras ações necessárias.
Quando se ultrapassa o valor do nível de ação, as vibrações de corpo inteiro podem causar problemas de saúde, principalmente os relacionados à coluna vertebral, como lombalgias. O adoecimento depende das condições dos equipamentos e veículos, da pavimentação, do modo de operação e das susceptibilidades individuais.
Já a Síndrome da Vibração em Mãos e Braços – SVMB – refere-se a um conjunto de sintomas de ordem vascular, neurológica, osteoarticular e muscular, e está presente em atividades que utilizam ferramentas manuais vibratórias.
É o caso de ferramentas manuais motorizadas para limpeza e acabamento de peças, furação, corte e polimento utilizadas na metalurgia, mecânica, atividades florestais, eletroeletrônica, mineração e construção civil, entre outras. São lixadeiras, politrizes, rebitadeiras, parafusadeiras, marteletes, motosserras, britadores, compactadores e serras.
 A NHO 10 mostra a necessidade de orientar os trabalhadores sobre cuidados e procedimentos recomendáveis para redução da exposição aos riscos. Deve-se, por exemplo, utilizar o mínimo de força de preensão na sustentação e no deslocamento da ferramenta. Também é importante que o operador procure ajuda médica sempre que sentir nas mãos, de forma contínua, formigamentos, dormências intensas ou dor.
As Normas de Higiene Ocupacional (NHO) são uma continuação da série de normas técnicas iniciada na década de 1980, então denominadas Normas de Higiene do Trabalho (NHT). Na época, a vibração não foi retratada. A abordagem atual desse agente alia a experiência acumulada por técnicos da Fundacentro a conceitos utilizados internacionalmente.
“Essas normas não têm caráter legal, exceto quando citadas em lei”, explica o tecnologista sênior da Fundacentro, Irlon de Ângelo da Cunha. “Elas orientam e ajudam os profissionais na avaliação e prevenção de riscos.” Irlon é engenheiro de segurança, e co-autor das normas ao lado do físico e tecnologista Eduardo Giampaoli.  
As obras podem ser acessadas no site da Fundacentro, link Publicações, Normas de Hig. Ocup. ou diretamente nos links:
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CTN/anexos/Publicacao/NHO_09_portal.pdf
http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CTN/anexos/Publicacao/NHO10_portal.pdf
É possível também ouvir uma entrevista com Irlon da Cunha na Rádio Web da Fundacentro, no link:
http://www.fundacentro.gov.br/index.asp?D=PODCAST&cod=512&pag=DetalhesItem
Em 2013, a Fundacentro abordará a questão da vibração nos cursos de fundamentos de higiene previstos para junho e novembro, no CTN (São Paulo), além de promover um curso específico sobre ruído e vibração. O Centro Estadual do Paraná (CEPR) também vai realizar curso sobre vibração.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Ações Regressivas do INSS fazem parte do passivo ocupaconal acumulado por empresas que não Investem em Segurança do Trabalho

Portaria disciplina ações regressivas 

Fundacentro pode fornecer provas 
Por Pres em 05/02/2013 

Os procedimentos para o ajuizamento de ações regressivas previdenciárias foram disciplinados pela Portaria Conjunta PGF/INSS n°6, de 18 de janeiro de 2013, publicada no Diário Oficial da União de 1° de fevereiro. Esse tipo de ação tem por “objeto o ressarcimento ao INSS de despesas previdenciárias determinadas pela ocorrência de atos ilícitos”, por exemplo, acidentes de trabalho oriundos do descumprimento das normas de saúde e segurança.
A ação regressiva será proposta quando houver “elementos suficientes de prova da ocorrência do ato ilícito, da culpabilidade, do nexo causal e da realização de despesas previdenciárias”. A Fundacentro foi citada na portaria como um dos órgãos que pode fornecer, por solicitação, provas da ocorrência de atos ilícitos.
A medida faz com que a instituição possa ser ouvida quando o Governo buscar o ressarcimento dos causadores do dano, contribuindo para a redução dos gastos previdenciários. As ações visam diminuir os custos do INSS, mas também fazer com que as empresas cumpram as normas de segurança e ajam de forma preventiva, por isso têm um caráter educativo.
A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho também reforça esse papel preventivo e marca de forma determinante a atuação da Fundacentro. Assim coloca como atribuições da instituição: elaborar estudos e pesquisas sobre os problemas que afetam a segurança e saúde do trabalhador; produzir análises e avaliações à eliminação ou redução de riscos no trabalho; desenvolver ações educativas para a melhoria das condições de trabalho; difundir informações; contribuir com órgãos públicos e entidades civis para a proteção e promoção da saúde do trabalhador; e estabelecer parcerias e intercâmbios técnicos.
“A presença da Fundacentro na Portaria Conjunta e na Política demonstram a importância de sua missão. O caráter preventivo e o papel pedagógico refletem na redução dos custos do INSS e do SUS”, avalia a procuradora federal e presidente em exercício da Fundacentro, Maria Cristina de Barros Migueis.
“Tanto o decreto 7.602, que estabelece a Política, quanto essa nova Portaria apoiam a superação de um paradigma de reparação para a prevenção. O princípio da prevenção representa a aceitação da vida como valor absoluto. Esse caminho está sendo trilhado pela Fundacentro”, conclui a procuradora.
 Veja aqui a íntegra da Portaria Conjunta PGF/INSS n° 6.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Efeitos da Exposição ao Benzeno para a Saúde - livro da Fundacentro disponivel para download

Fundacentro lança publicação sobre benzeno na internet

Fonte: Blog do Trabalho
Equipe do Blog , 1 de fevereiro de 2013

Da Fundacentro

A Fundacentro publicou a versão digital do livro “Efeitos da Exposição ao Benzeno para a Saúde” neste mês. Esse é o primeiro fascículo de uma série que explorará diversos aspectos relacionados ao acordo e à legislação sobre o benzeno. Serão abordados, por exemplo, temas como avaliação ambiental, gasolina, indústria petroquímica e petróleo. O material, que havia sido lançado na versão impressa em dezembro, agora está disponível em




sábado, 29 de dezembro de 2012

Efeitos da Exposição ao Benzeno para a Saúde - Publição Fundacentro

Fundacentro lança publicação sobre benzeno
Data: 20/12/2012 / Fonte: Fundacentro 

São Paulo/SP - A Fundacentro lançou a publicação "Efeitos da Exposição ao Benzeno para a Saúde" em dezembro. Esse é o primeiro fascículo de uma série que explorará diversos aspectos relacionados ao acordo e à legislação sobre o benzeno. Serão abordados, por exemplo, temas como avaliação ambiental, gasolina, indústria petroquímica e petróleo.

O primeiro fascículo explica como o benzeno entra em nosso corpo e os danos que traz à saúde. A respiração é a via mais importante de absorção, que também pode ocorrer pela pele e, em alguns casos, pela ingestão. Há efeitos como edema (inflamação aguda) pulmonar e hemorragia nas áreas de contato.

A toxidade afeta o sistema nervoso central. Assim pode causar, conforme a quantidade absorvida: períodos de sonolência e excitação, tontura, dor de cabeça, enjoo, náusea, taquicardia, dificuldade respiratória, tremores, convulsão e perda de consciência. A intoxicação aguda leva à morte por arritmia cardíaca.

Cancerígena, a substância está associada principalmente à ocorrência de leucemias, mas pode provocar outros tipos de câncer como: câncer do sistema linfático (linfoma), câncer de pulmão e de bexiga. Alguns estudos relacionam-no com o câncer de mama. É responsável por alterações sanguíneas, por exemplo, a leucopenia, que se caracteriza pela diminuição dos leucócitos, responsáveis por parte da defesa do organismo.

A publicação enfatiza que "não há limite seguro de exposição ao benzeno". Também explica que o benzenismo é um conjunto de sinais, sintomas e complicações decorrentes da exposição aguda ou crônica ao benzeno. Possui natureza ocupacional. Por isso, os trabalhadores devem ter acompanhamento médico e passar por exames clínicos e laboratoriais.

A publicação, de autoria das pesquisadoras Arline Arcuri e Luiza Cardoso, entre outros, ainda aborda o indicador biológico de exposição, instrumentos para vigilância e melhores práticas de acompanhamento dos trabalhadores. Apresenta também um cordel, de autoria do técnico de segurança da Fundacentro/PE, Graco Medeiros: "O benzeno é um produto que derruba até o cão". O material, disponível em versão impressa, em breve será colocado em versão digital no site da Fundacentro.